COMO VIVER BEM SEM ANSIEDADE?
*Enoque Alves Rodrigues
Amiúde somos bombardeados por uma gama infinita de necessidades que, ao final, frustrados por não conseguirmos aplaca-las em sua totalidade, somos lançados ao fundo do temido precipício das ansiedades oriundas de nossas imprevidências. Geralmente quando isto acontece, fragilizamo-nos, e invariavelmente, buscamos nos outros os motivos que nos levaram a esta situação como se não fossemos nós os seus principais causadores.
Mas como prevenirmos?
Primeiro quero enfatizar que ainda não inventaram nenhum remédio capaz de frear a usina geradora das ansiedades produzidas no campo das frustrações psicológicas que habitam o mais profundo recôndito do pensamento, do qual, somente nós, temos a chave e o controle. Não estou falando dos fármacos inibidores que atuam com grande eficácia sobre as ansiedades produzidas no campo físico.
Bem, uma vez que até o momento a ciência não conseguiu ainda respostas definitivas para o grande mal que assola 33% da humanidade, resta-nos a grande proeza de digladiarmos com ele, de maneira cordial e amistosa, utilizando-se de princípios básicos elementares às convivências difíceis.
A doutrina espirita se bem observada pelos que a seguem, oferece-nos todos os elementos eficazes de que precisamos para nos fazermos conduzir com segurança, fé e determinação por todo e qualquer caminho por mais espinhoso que ele seja. Ela pavimenta o solo sobre o poço onde jazem as ansiedades psicológicas, de maneira a nos propiciar a segurança e equilíbrio que não nos deixam escorregar. As bases sobre as quais devem repousar os pilares que sustentam a nossa crença na terceira revelação de Kardec tem de estar profundamente cravadas ao chão que por sua vez há que estar inteiramente compactado com as pedras que emanam do Cristo ou da Luz que irradia de Seu Coração Imaculado.
Se você que nesse momento me lê tem a sua consciência tranquila de que está fazendo a coisa certa. De que se encontra em perfeita observância dos princípios doutrinários que o Mestre Jesus, piedosamente, traduziu e simplificou para nós, convertendo-os e unificando-os na grande máxima do “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei e ao próximo como a ti mesmo.”, o que você teria a temer? Quais problemas, por grandes que te pareçam, poderão lhe derrubar? Que tipo de ansiedade, por mais atrevida que ela seja, seria capaz de abater sobre o fiel que utiliza em seu dia a dia o bálsamo da prece? Que mal é suficientemente superior a sua fidelidade ao Mundo Etéreo? A sua fé? Ao seu vinculo ás boas ações? Ao respeito que você dedica ao seu semelhante? A condução da família que você constituiu pelos caminhos do bem?
Viu ai?
Não precisa você ser médico, pesquisador ou engenheiro para saber que a maioria das ansiedades é de cunho psicológico - portanto, ligadas ao intelecto ou espírito -, e resultado de frustrações provenientes de desejos utópicos, reprimidos ou irrealizáveis pela falta de planejamentos compatíveis ou por falta de empenhos palpáveis e relevantes de seu idealizador.
Deixo claro à respeitável comunidade cientifica que não estou aqui defendendo a inexistência das ansiedades ocasionadas por patologias físicas laboratorialmente diagnosticadas. Refiro-me ás ansiedades psicológicas incutidas apenas na cabeça de quem quer que os seus desejos se realizem sem fazer força. Há ainda quem se utilizam de varinhas de condão ou atiram moedas na fonte dos desejos acreditando que eles aconteçam, magicamente.
Quem não luta não pode acreditar e quem não acredita não tem motivos para se frustrar por que não se frustra com o que não se espera. Sendo assim, ansiar pra que?
Você entendeu?
Espero que sim!
Vá á luta. Tranquilize-se e seja feliz!
E tenho dito.
*Enoque Alves Rodrigues é espírita